O blog foi criado por um grupo de alunos do curso de Bacharelado em Humanidades da UFVJM com o objetivo de facilitar e diferenciar as formas de nos expressar sobre o que pensamos sobre Filosofia, tendo como base os temas e textos estudados em sala, fornecidos pelo professor Dr. Roberto Amaral ao qual leciona a matéria Fundamentos de Filosofia.

Criadores

Arthur Augusto ; Jailson Benjamim ; Andréia Lílian ; Fabiana Jesuína ; Idaiana Angélica ; Bruna da Conceição ; Ana Carolina ; Priscila Jordana ; Alessandra Dias ; Mariana Alves ; Thaís Mayara ; Luana Pacheco ; Gabriela Cristina;Julia Leal

sábado, 2 de julho de 2011

Feminismo


Se declarar feminista, escrever sobre temas feministas, é se conformar a ser considerada lésbica, mal amada, ranzinza, chata, ruim de cama, feia. E pior, reforçar tudo isso (na lógica de que todo louco acha que é normal) quando se defende, ao reclamar que essas coisas não são colocadas em questão quando falamos de homens. “Feminista” é uma atribuição pesada, que afasta muitas mulheres do tema. Ao mesmo tempo, ser mulher e não se declarar feminista é como olhar uma pessoa apanhando e atravessar a rua pra não se meter em confusão. Não conheço nenhuma mulher que não reconheça o valor do feminismo, que nunca tenha se sentido desvalorizada nas suas opiniões só por ser mulher. As mulheres que passam reto diante das discussões feministas sentem que estão se poupando e deixando que as outras sofram por elas. Isso faz com que o feminismo seja um problema da qual uma mulher não consegue fugir – ou ela se coloca na linha de frente e recebe a carga de preconceito que a palavra carrega, ou se abstém com a sensação de que não está fazendo a sua parte.
Fazer a sua parte é outro problema. Lembro de uma reportagem sobre um lava-carros que só utilizava mão de obra feminina. Lavar o carro lá custava mais caro, porque as mulheres os lavavam de shorts e camisetas brancas, sem soutien. Aos clientes era dada a opção de ficar dentro do carro durante a lavagem, o que os permitia observarem os seios das moças colados no vidro enquanto elas executavam o serviço. Não preciso falar que a graça era apenas essa, que o único motivo que levava os homens a lotarem aquele lugar era para olhar essas mulheres. Mas, quando o lava-carros proibido, essas moças se sentiram prejudicadas. Elas alegaram que não eram ingênuas, que sabiam que estavam expondo seus corpos. Disseram que não eram prostitutas, que nenhum homem tocava nelas, e que tinham o direito de se expor e serem bem pagas (recebiam mais do que um serviço de lava-carros normal) por isso.

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